O bom velhinho e o imaginário da criança

Já é dezembro, já é Natal. Durante esse mês, lojas, shopping centers e mesmo as ruas estão repletas de mensagens, imagens e contam com a presença do tão querido Papai Noel. Para muitas crianças, é um momento mágico, que remete, principalmente, a presentes. No entanto, é também uma oportunidade de despertar a fantasia para o desenvolvimento dos pequenos.

Em entrevista concedida para a ‘Educar para Crescer’, a psicoterapeuta e contadora de histórias Alessandra Giordano, destaca que incentivar a crença no Papai Noel é saudável e imprescindível. “Toda criança merece viver o encantamento do Natal”, garante.  De acordo com os especialistas, o papel dos pais é o de facilitar o mundo da imaginação para os pequenos, visto que o Papai Noel é uma das recordações mais bonitas da infância. Além disso, estimular a crença no Papai Noel, assim como em outras figuras mitológicas, tem a função de aumentar a criatividade.

A crença no Papai Noel costuma coincidir com uma fase do desenvolvimento infantil em que o pensamento da criança é bastante centrado na fantasia, geralmente vai até os 7 anos, mas fica mais intenso a partir dos 2 anos, quando a linguagem começa a se desenvolver. “A imaginação é um recurso que nos transporta para todos os tempos, todos os lugares. Ajuda, inclusive, no desenvolvimento da linguagem”, avisa Alessandra.

O ato de escrever a carta ao Papai Noel, por exemplo, pode ser uma excelente ferramenta pedagógica de escrita e leitura com a ajuda dos pais. Com papel e lápis colorido, é possível estimular os pequenos a desenhar o Papai Noel, contar o que de bom durante o ano e, ao final, escrever seu nome.

A descoberta da verdade, de que o Papai Noel não existe, deve acontecer espontaneamente, ou seja, os pais não precisam se encarregar dessa tarefa. A própria criança começará a ter evidências quando tiver maturidade para isso, podendo contar com a ajuda dos amiguinhos e coleguinhas da escola.

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