A depressão pós-parto e a presença masculina

Estudos apontam que uma em cada nove mulheres experimentam sintomas de depressão pós-parto. As manifestações podem ser as mais diversas, como mudanças de humor, cansaço, redução no interesse por atividades e, em casos mais graves, a própria rejeição do recém-nascido. A depressão pós-parto pode, inclusive, prejudicar a afeição das mães com seus bebês, podendo até mesmo deixar as crianças mais propensas a apresentarem problemas de saúde quando adultas.

Mas e como o esposo e pai do recém-nascido pode contribuir nesse difícil processo de adaptação? Apesar de o pai não poder amamentar, ele pode cuidar do bebê e executar uma série de tarefas e ações em prol do bem-estar da mais nova mamãe. Talvez, a mais importante delas seja passar boa parte do tempo fazendo companhia à esposa, demonstrando carinho e que compreende o momento.

Entre as possibilidades de ajudar a esposa a evoluir no quadro de depressão pós-parte estão a de promover encontros com as amigas, proporcionar momentos de descontração sem ter que se preocupar a toda a hora com os cuidados ao bebê, ajudar a definir e implementar as rotinas do bebê (do sono e da alimentação) também é fundamental.

Além disso, fazer algumas das tarefas domésticas ou contratar alguém que possa ajuda, evitar conflitos por situações menores e aliviar o clima em casa com boa disposição e um clima de cooperação, ir às compras ou usar a internet para entregar em casa, fazer refeições rápidas e saudáveis que não exijam passar horas na cozinha, elogiar os esforços por ser uma boa mãe.

É fundamental lembrar que nenhum mulher gosta de ter depressão pós-parto, portanto é preciso também respeitar esse momento sem desvalorizar a parceira com frases e expressões paternalistas. A procura de ajuda especializada pode também contribuir para a evolução do quadro, de forma que a mulher deixe para trás essa experiência negativa.

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